
Nem deu tempo de eu terminar o registro sobre minha mãe me boicotar antes dela fazer de novo.
Eu realmente não entendo qual a tara dela em me ferrar e acabar comigo. Deve fazer ela se sentir muito bem consigo mesma, não faz sentido para mim que ela tenha qualquer motivação que não sádica. Ao final, ela escolheu o meu pai, o cara que ela chama de monstro mas do qual ela copia métodos para me derrubar e me torturar psicologicamente.
Mas ela não vai conseguir.
Tinha mandado mensagem para dizer que, coincidentemente ou não, o cara que minhas cartas disseram que é o escolhido do T. estava (e está, até agora, 18:38hs) sentado na mesa literalmente na frente da minha. Não sei porque avisei. Não sei porque eu fico fazendo isso.
A K. me avisou, a minha mestre me avisou, e eu mesma sei que não posso dividir tais experiências, principalmente se envolvem espiritualidade, com a minha mãe. Pra quê fui falar que ele está na minha frente?
O que eu fiz foi colocar meu próprio cú na reta, já que ela me ligou e gritou tanto comigo que eu fiquei tonta, e sei que tô com a expressão mais triste e abatida depois da ligação terminar. Estou tentando tirar a tristeza do meu olhar porque consigo senti-la; mas também sinto que não estou conseguindo.
Sei que antes eu estava com uma postura confiante e agora estou com uma postura derrotada. Que merda.
No momento, minha mãe está para Hera como eu estou para Hefesto. Juntando Sísifo que fica eternamente tentando rolar a pedra até o topo do morro, sou tipo uma evolução rara de algum pokémon, uma fodida que a mãe está jogando do que deveria ser sua casa ao mesmo tempo que fico inutilmente rolando a pedra por toda a eternidade para chegar ao que era para ser meu lar, mas não é.
Não tenho lar. Preciso de um apartamento para mim, alguma coisa assim, porque a última coisa que eu queria para mim mesma era me identificar 100% com a letra de Listen de novo. Cú.
Que seja abençoado.


