
Minha mãe disse que, se Hécate apareceu para mim cobrando que eu escrevesse no blog, talvez eu devesse escrever com mais frequência. Mas aí me ponho a pensar escrever sobre o quê.
A única coisa que tenho sobre a qual escrever hoje é a terapia, e como me deixou tristinha. Concordo com a K. — de que as coisas só se colocarão em curso por qualquer que seja a força do destino responsável por essa parte da minha vida no segundo semestre. Porém, continuo com a mesma pergunta que fiz a ela hoje e cuja resposta não satisfez meu autoinquérito. Como caralhos devo me distrair e manter minha ansiedade longe dos meus pensamentos passivos e ativos até lá? Como me mantenho sã e motivada até agosto?
Eu tinha motivação e força de vontade em novembro, dezembro, janeiro, fevereiro… março já diminuiu demais, e agora… agora eu não sinto a presença de qualquer combustível o qual o meu fogo vital/fogo no rabo, para ser mais clara, possa consumir para voltar a iluminar minha visão das coisas e aquecer meu gelado coração e espírito.
Pior que se eu soubesse como reabastecer tal combustível, eu o teria feito. Mas não sei. E não sei como saber. Amanhã terei mais duas sessões, e não queria usar esses horários para falar o mesmo. Para me sentir inútil e ansiosa do mesmo jeito. Para me sentir confusa e chorosa e desesperançosa e mais uma vez completamente perdida e sozinha e, ao mesmo tempo, ao léu e à beira de um abismo cujo chão não tenho nem pretensão de enxergar. Porque sei que não verei o chão, vou me sentir quebrada, vou me sentir prestes a cair e provavelmente cairei.
Nem ouso pedir orientação à qualquer divindade, pois eu não tenho como pedir orientação quanto a um caminho que eu nem mesmo acredito que exista.
… Que seja abençoado, mesmo assim.

